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Estudantes da PUC-SP protestam contra instalação de catracas e pedem diálogo com mantenedora

Na última sexta-feira (5), os corredores da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram palco de um protesto liderado pelos próprios estudantes contra a decisão da Fundação São Paulo (FUNDASP), mantenedora da instituição, de instalar catracas nas entradas do campus como medida de segurança.

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Os alunos, reunidos no Campus Monte Alegre, expressaram sua insatisfação com a falta de diálogo por parte da mantenedora em relação à comunidade acadêmica. Para eles, a instalação das catracas é apenas uma tentativa de desviar a atenção dos problemas reais de segurança enfrentados, como assaltos no trajeto entre o campus e os pontos de ônibus ou estações de metrô próximas.

A manifestação foi convocada durante duas assembleias estudantis realizadas no mesmo dia, com início às 10 e às 19 horas, na prainha do campus. Durante a assembleia, os estudantes deliberaram sobre a criação de um comitê para discutir medidas efetivas de segurança, a contratação de mais funcionários preparados para atuar nesse serviço, a implementação de um serviço de transporte gratuito entre a universidade e as estações de metrô, além de medidas preventivas para evitar assaltos durante esse trajeto.

Hector Batista, estudante do 2º semestre da Faculdade de Direito e uma das lideranças do movimento, ressaltou que a luta vai além da resistência à instalação das catracas. Para ele, é uma batalha pela democracia acadêmica e pelo diálogo construtivo com a mantenedora. Batista criticou a falta de medidas efetivas apresentadas pela Fundação São Paulo, enfatizando que as catracas são apenas uma ilusão de segurança.

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Os estudantes, determinados em sua causa, organizaram uma oficina de cartazes antes de subirem as rampas do prédio da universidade em direção ao auditório, onde acontecia uma recepção de bolsistas promovida pelo centro acadêmico 22 de agosto. O deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), presente no evento, destacou a legitimidade do movimento estudantil e apoiou as demandas dos alunos.

Enquanto a comunidade acadêmica se mobiliza em busca de soluções efetivas para a segurança no campus, a expectativa é que a Fundação São Paulo esteja disposta a dialogar e a considerar as propostas apresentadas pelos estudantes para garantir um ambiente seguro e propício ao desenvolvimento acadêmico.

Junte-se à luta!